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Política

Barroso diz que momento exige compromisso democrático dos candidatos

Ministro disse que compromisso vale para quem perde e para quem ganha
Bruno Bocchini - Repórter da Agência Brasil
Publicado em 28/09/2018 - 20:15
São Paulo
O ministro Roberto Barroso durante julgamento do pedido de registro de candidatura de Luiz Inácio Lula da Silva para a presidência da República nas eleições de outubro, no TSE.
© Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luís Roberto Barroso defendeu hoje (28) a reafirmação do pacto democrático do país. Segundo ele, com vistas a se preservar a estabilidade institucional do país, os compromissos democráticos deverão ser assumidos “se você ganhar ou se você perder”.

“Acho que este é um momento de reafirmação dos nossos compromissos democráticos”, disse. “Você não sabe se você vai ganhar ou se vai perder e, mesmo assim, você tem que assumir compromissos que, portanto, valham se você ganhar ou se você perder”, disse em palestra na 18ª edição do Congresso de Corretores de Seguros (Conec), realizado na capital paulista.

O ministro Roberto Barroso durante julgamento do pedido de registro de candidatura de Luiz Inácio Lula da Silva para a presidência da República nas eleições de outubro, no TSE.
Ministro do STF Luís Roberto Barroso - Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

“A primeira proposição de reafirmação dos compromissos democráticos é: quem ganhar leva. A segunda é que quem leva, governa de acordo com as regras do jogo democrático e respeitando os direitos fundamentais de todos”, acrescentou.

Barroso destacou que, no regime democrático, as divergências devem ser absorvidas institucionalmente e civilizadamente. Segundo ele, o jogo democrático permite que os perdedores disputem novamente as eleições e tentem ganhar.

“A democracia não quer dizer que eu ganhe sempre, mas quer dizer que, mesmo que eu perca, eu serei tratado com respeito e consideração, tal como determina a Constituição”. O ministro não citou nominalmente nenhum dos candidatos e não quis dar entrevista aos jornalistas ao final da palestra.