logo Agência Brasil
Política

Moro adia depoimento de Eduardo Cunha para depois do segundo turno

Agência Brasil
Publicado em 03/10/2018 - 18:07
Brasília
Brasília - O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, fala à imprensa (Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)
© Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

O juiz Sérgio Moro adiou para depois do segundo turno das eleições gerais de outubro o depoimento do ex-presidente da Câmara dos Deputados Eduardo Cunha (MDB/RJ), no âmbito da operação Lava Jato. O depoimento, que estava marcado para hoje (3), foi adiado para o dia 31 de outubro às 14h. O segundo turno das eleições está previsto para o dia 27 de outubro.

Brasília - O Presidente da Câmara, Eduardo Cunha, fala com a imprensa sobre a representação contra ele no Conselho de Ética, pouco antes de entrar no plenário (Fábio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)
Ex-deputado Eduardo Cunha

Na decisão da 13ª Vara Federal de Curitiba, o juiz acatou pedido da defesa de Cunha para adiar o depoimento. Segundo o despacho de Moro, a defesa do ex-deputado afirma que “os quesitos complementares formulados pela Defesa ainda não foram respondidos pelo perito e, igualmente, que o interrogatório do acusado pode ser utilizado para prejudicar a campanha de sua filha, Danielle Cunha, para o cargo de Deputada Federal pelo partido Movimento Democrático Brasileiro (MDB)”.

Na decisão tomada nesta segunda-feira (1), o juiz Sérgio Moro intima o delegado da Polícia Federal Felipe Hideo Hayashi “para que esclareça quanto à apresentação do laudo complementar” após o fim do prazo de 15 dias para apresentação dos quesitos complementares.

“Diante da ausência do laudo complementar, redesigno os interrogatórios de Eduardo Cosentino da Cunha e Solange Pereira de Almeida para 31/10/2018, às 14:00”, escreveu o juiz em sua decisão.

Em março de 2016, os ministros do STF decidiram pela abertura de ação penal contra Cunha e a ex-deputada federal e atual prefeita de Rio Bonito (RJ), Solange Almeida, proposta pelo então procurador-geral da República Rodrigo Janot. O ex-deputado e Solange foram acusados por crimes de corrupção e de lavagem de dinheiro em contratos de fornecimento dos navios-sonda Petrobrás 10.000 e Vitória 10.000.