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Política

Paulo Câmara toma posse em Pernambuco pregando paz e conciliação

Vladimir Platonow – Repórter da Agência Brasil
Publicado em 01/01/2019 - 17:43
Rio de Janeiro
Brasília - Governador de Pernambuco, Paulo Câmara, durante cerimônia de assinatura da MP para reestruturação do ensino médio (Valter Campanato/Agência Brasil)
© Valter Campanato/Agência Brasil

O governador reeleito de Pernambuco, Paulo Câmara, tomou posse, na tarde desta terça-feira (1º), pregando paz e conciliação, tanto na política quanto nas ruas. Ao lado da vice-governadora Luciana Santos, ele discursou perante os deputados estaduais e convidados, na Assembleia Estadual de Pernambuco (Alepe).

Brasília - O governador de Pernambuco, Paulo Câmara, fala com imprensa após encontro com a presidenta Dilma (José Cruz/Agência Brasil)
Paulo Câmara tomou posse para o segundo mandato como governador de Pernambuco - Arquivo/Agência Brasil

Filiado ao PSB, Câmara deixou claro que o momento é de pacificar o país e abrir diálogo com todas as forças políticas, principalmente o governo federal, na presidência de Jair Bolsonaro.

“É urgente desmontar os palanques, desarmar os espíritos, buscar o mínimo de convergências que nos permitam preservar as conquistas democráticas e avançar. O processo eleitoral que nos elegeu para o Poder Executivo e elegeu os parlamentares para o Poder Legislativo é o mesmo que elegeu o presidente da República”, afirmou o governador.

No discurso, Câmara lembrou a história de lutas de Pernambuco, que se contrapôs ao poder central, quando necessário, e disse que apoiará as decisões que beneficiem o estado, mas refutou a possível privatização da companhia de energia Chesf.

“A submissão, em qualquer tempo, de qualquer natureza, por qualquer motivo, é incompatível com o espírito libertário dos pernambucanos. Apoiaremos decisões que beneficiem Pernambuco e o Nordeste, a exemplo das obras complementares da transposição das águas do Rio São Francisco e da conclusão da Ferrovia Transnordestina. Mas seremos contra iniciativas que comprometam o futuro do estado e da região, como a privatização da Chesf”, ressaltou.

Ao final do discurso, Câmara voltou a insistir na pacificação política do país, como forma de alcançar avanços econômicos e sociais.

“Precisamos de paz, porém não a paz do silêncio imposto pela força. Queremos a paz viva, do debate, do contraditório, da liberdade de opinião. A paz da democracia. Precisamos de paz para trabalhar, vencer a miséria, a violência e o desemprego, para ajudar milhões de jovens a encontrar um futuro melhor e mais proveitoso”, concluiu.

Paulo Câmara tem 46 anos e é natural do Recife. É formado em economia pela Universidade Federal de Pernambuco, onde também fez especialização em contabilidade e controladoria governamental e mestrado em gestão pública. Ele foi secretário de Administração, Turismo e Fazenda, no governo Eduardo Campos (2007-2014).