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Política

Agressão à imprensa é inaceitável, diz ministro da Defesa

Para Fernando Azevedo, país deve se concentrar no combate à pandemia
Pedro Rafael Vilela - Repórter da Agência Brasil
Publicado em 04/05/2020 - 15:37
Brasília
O ministro da Defesa, Fernando Azevedo e Silva, participa de coletiva de imprensa no Palácio do Planalto, sobre as ações de enfrentamento ao covid-19 no país
© Marcello Casal JrAgência Brasil

O ministro da Defesa, Fernando Azevedo e Silva, afirmou nesta segunda-feira (4), por meio que nota, que agressão a profissionais de imprensa é "inaceitável". Ele também defendeu a liberdade de expressão e destacou que as Forças Armadas prezam pela independência e a harmonia entre os Poderes da República.

"As Forças Armadas cumprem a sua missão Constitucional. Marinha, Exército e Força Aérea são organismos de Estado, que consideram a independência e a harmonia entre os Poderes imprescindíveis para a governabilidade do País. A liberdade de expressão é requisito fundamental de um País democrático. No entanto, qualquer agressão a profissionais de imprensa é inaceitável", diz um trecho da nota.

Ontem (3), durante ato de apoio ao presidente Jair Bolsonaro, em frente ao Palácio do Planalto, na Praça dos Três Poderes, jornalistas de diferentes veículos de comunicação, que cobriam a atividade, foram agredidos fisicamente por manifestantes. Entre os profissionais que sofreram agressões está o fotógrafo Dida Sampaio, do jornal O Estado de S. Paulo, que foi alvo de socos e pontapés e precisou ser hospitalizado.

Mais cedo, o presidente Jair Bolsonaro, que acompanhou as manifestações de domingo, disse que não viu, do alto da rampa do Palácio do Planalto, as agressões, mas defendeu a punição dos responsáveis.

Na nota, o ministro Fernando Azevedo e Silva ainda defendeu que o país se concentre no combate à pandemia do novo coronavírus e que os militares devem respeitar a "lei, a ordem, a democracia e a liberdade".

"O Brasil precisa avançar. Enfrentamos uma Pandemia de consequências sanitárias e sociais ainda imprevisíveis, que requer esforço e entendimento de todos. As Forças Armadas estarão sempre ao lado da lei, da ordem, da democracia e da liberdade. Este é o nosso compromisso."