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Política

Guedes: declaração sobre derrubada de veto foi lamento, não ofensa

Ministro se pronunciou em audiência pública virtual no Congresso
Kelly Oliveira – Repórter da Agência Brasil
Publicado em 01/09/2020 - 11:33
Brasília
O ministro da Economia, Paulo Guedes anuncia medidas para reduzir burocracia, custos e tempo em processos de marcas e patentes.
© José Cruz/Agência Brasil

O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou hoje (1º) que a sua declaração sobre derrubada de veto presidencial ao projeto que autorizava o reajuste salarial de funcionários públicos foi um lamento e não uma ofensa direcionada aos senadores.

No último dia 19, o Senado derrubou o veto do presidente da República ao projeto que autoriza o reajuste salarial a profissionais de saúde e trabalhadores da educação pública durante o período da pandemia da covid-19. O veto acabou sendo mantido pelos deputados, em sessão realizada no dia seguinte, após articulação do governo junto à sua base na Câmara. Antes da votação dos deputados, no entanto, Guedes entendeu que a decisão do Senado era “um crime contra o país”. A fala de Guedes gerou reação dos senadores que aprovaram um requerimento de convite ao ministro apara que ele explique as declarações.

“Quando eu digo que é um crime, eu estava me referindo a um voto específico. É uma forma de expressão. Foi muito mais um lamento contra o voto em si, do que uma ofensa aos senadores”, disse Guedes, hoje, em audiência pública virtual da Comissão Mista destinada a acompanhar a situação fiscal e a execução orçamentária e financeira das medidas relacionadas ao novo coronavírus (covid-19).

O ministro disse que sempre demonstrou respeito pelo Senado, e que o considera reformista. Ele citou as reformas que já foram aprovadas pela casa, como a da previdência, o marco legal do saneamento básico e o auxílio emergencial.

Segundo o ministro, se fosse permitido reajuste de salários, parte dos gastos extraordinários necessários para o enfrentamento da pandemia iria se tornar permanente. “Se transformar em aumento de salário, tecnicamente vira um desastre financeiro porque seria um gasto permanente”, disse.

Guedes acrescentou que sentiu-se abandonado e isolado com a derrubada do veto, após terem sido feitos acordos públicos de congelamento dos salários.

O ministro disse ainda que não vê problema em ir ao Senado para falar sobre o tema, mas afirmou que não acredita que tenha “ofendido qualquer senador ou o Senado em si”.

Após a fala do ministro, o pelo senador Confúcio Moura (MDB-RO), que presidente a comissão mista, vai transmitir a declaração de hoje ao senador Eduardo Gomes, líder do governo no Congresso, e ao presidente do Senado, Davi Alcolumbre, para que o assunto seja encerrado.

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