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Política

Guedes: vacinação é a melhor política fiscal e de saúde pública

Ministro diz que Brasil não vai ficar sem vacina por falta de dinheiro
Camila Boehm – Repórter da Agência Brasil
Publicado em 25/05/2021 - 21:34
São Paulo
O ministro da Economia, Paulo Guedes, durante entrevista coletiva no Palácio do Planalto.
© Marcelo Camargo/Agência Brasil

O ministro Paulo Guedes afirmou que a vacinação em massa é a melhor política fiscal e de saúde pública para o país. A declaração ocorreu na tarde de hoje (25), no evento CEO Conference Brasil 2021, organizado pelo banco BTG Pactual. Segundo ele, “não vai faltar vacina no Brasil por recursos financeiros”.

“Melhor política fiscal que tem hoje e ao mesmo tempo é a melhor política de saúde pública: vacinação em massa. É isso que vai nos permitir o retorno seguro ao trabalho e vai impedir que haja aquele colapso que existiu no ano passado, quando nós simplesmente não tínhamos defesa e aí fomos só para o distanciamento social”, disse o ministro.

Ele acrescentou que a conta com saúde durante a pandemia não pode ficar para as próximas gerações. “Cada geração tem que pagar pelas guerras que cria e que inventa. Nós não vamos empurrar isso para filhos e netos, nós não vamos jogar essa dívida para 100% do PIB. Nós temos que ter esse duplo compromisso: por um lado, não vai faltar dinheiro para a saúde, por outro lado, nós vamos pagar essa conta. Então os gastos têm que ser não recorrentes.” 

Guedes falou também que, após aprovação do Orçamento, o foco são as reformas. “Houve um barulho danado no Orçamento. É a primeira vez que o governo faz um orçamento com a sua base parlamentar, nunca tinha feito antes. Só que há excessos, claro. Tem ministro que quer gastar mais um pouquinho, tenta fazer um furinho do teto de um lado. Tem do outro lado a coalizão também governamental, quer gastar um pouco mais”, disse o ministro.

Ele acrescentou que o acordo político tem que caber no orçamento e que o resultado é que o acordo foi feito, cabendo no orçamento e sem furar o teto de gastos. “Retomamos as reformas agora, vamos embora para a administrativa.

O ministro disse ainda que está conversando com os presidentes da Câmara e do Senado sobre a reforma tributária e, segundo ele, “vai ser simples” e “vai ser difícil ficar contra”. “Vamos fazer o IVA federal, primeira simplificação, vamos reduzir um pouco os IPIs, botar fogão, geladeira, botar isso um pouquinho mais acessível. Vamos acabar com algumas isenções, se não daqui a pouco vem imposto sobre grandes fortuna, vem isso, vem aquilo, é melhor o cara pagar um pouquinho de onde está isento”, disse.

Guedes fez um balanço de sua gestão durante o evento, considerando positivo, até o momento, a reforma da Previdência, a aprovação da autonomia do Banco Central, o marco regulatório do saneamento e a privatização de subsidiárias que, segundo ele, renderam R$ 200 bilhões ao governo em dois anos.

Ele afirmou que, no início do governo, não havia governabilidade, mas, com as últimas eleições para as presidências da Câmara e do Senado houve consolidação de nova representação no Congresso Nacional. “Essa nova representação de centro-direita chegou à presidência do Congresso e da Câmara. Em poucas semanas, Banco Central independente, novo marco fiscal com gatilhos, saneamento, gás natural, Correios, Eletrobras. Quer dizer, rapidamente destravaram-se uma série de reformas. Lei de falência, lei de startups, quer dizer, o Congresso está girando”, disse.