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Política

Vera Lúcia quer garantia de igualdade na disputa eleitoral

Candidata pelo PSTU defende mais espaço a candidaturas menores
Pedro Peduzzi e Bruno Bocchini– Repórter da Agência Brasil *
Publicado em 17/08/2022 - 11:54
 - Atualizado em 17/08/2022 - 19:09
Brasília e São Paulo
A Empresa Brasil de Comunicação (EBC) entrevista a candidata à Presidência da República pelo PSTU, Vera Lúcia. Ela é a sétima a participar da série de entrevistas da EBC com presidenciáveis.
© Marcello Casal jr/Agência Brasil

A candidata à Presidência da República pelo PSTU, Vera Lúcia, defendeu hoje (17) “garantias de igualdade” na disputa eleitoral deste ano. Segundo ela, para avançar de fato, a democracia precisa garantir mais espaço a candidaturas de menor porte na propaganda eleitoral gratuita.

Vera Lúcia disse à Agência Brasil que inicia a campanha “com muita firmeza e com o envolvimento da militância do PSTU e do Polo Socialista Revolucionário em todo Brasil”, mas antevê que a atual campanha será repleta de “desafios, pela desigualdade e por regras antidemocráticas que regem o processo eleitoral”.

A candidata reiterou a defesa da democracia e voltou a repudiar qualquer tentativa de desrespeito ao resultado das urnas eletrônicas.

“Ontem, durante a posse do ministro Alexandre de Moraes no TSE [Tribunal Superior Eleitoral], falou-se em defesa da democracia e em respeito às urnas. Mas onde estamos, em meio a um processo eleitoral em que candidaturas, como a minha, estão fora da propaganda eleitoral gratuita na TV e no rádio, e dos grandes debates televisão?”, questionou. “A democracia tem que começar dando garantias de igualdade na disputa”.

Vera Lúcia, defendeu a retomada do aumento do auxílio emergencial e que ele tenha um valor de, pelo menos, um salário mínimo. Uma medida, de acordo com a candidata, que tem o objetivo de combater a fome de forma imediata, e deverá ser estendida enquanto durar a crise.

Segundo a candidata, para resolver de forma definitiva o problema da fome e da carestia no país, será necessário acabar com o desemprego, garantindo pleno emprego e diretos trabalhistas. “Para isso, é necessário reduzir a jornada de trabalho sem reduzir os salários. Duplicar o salário-mínimo rumo ao mínimo do Dieese [Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos] e impor um gatilho salarial de acordo com a inflação”. 

De acordo com o (Dieese), em julho o salário-mínimo necessário para o sustento de uma família de quatro pessoas deveria ser de R$ 6.388,55.

“Mas é necessário ir além disso, estatizar, sob o controle o controle dos trabalhadores, as maiores empresas que dominam a economia e colocá-las para funcionar de acordo com os interesses da população”, disse a candidata.

Matéria atualizada às 19h09 para acréscimo de informação.