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Política

Lula diz que é preciso melhorar salários de professores

Candidato pretende melhorar a infraestrutura física das escolas 
Daniel Mello - Repórter da Agência Brasil
Publicado em 27/10/2022 - 16:49
 - Atualizado em 27/10/2022 - 20:52
São Paulo 
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© Agência Brasil

O candidato do PT à Presidência, Luiz Inácio Lula da Silva, disse hoje (27) que é preciso valorizar mais os professores e demais profissionais da educação. “Nós precisamos melhorar o ensino fundamental nessa país. Para isso, a gente precisa melhorar o salário dos professores, dos funcionários. Não adianta querer comparar a escola privada com a escola pública, porque na escola privada os professores ganham muito mais, as condições para as aulas são muito melhores”, disse em entrevista a Rede Clube FM e ao Correio Braziliense.

Lula também disse que pretende melhorar a infraestrutura física das escolas para acolher o ensino em tempo integral. “Nós vamos, agora, fazer escola de tempo integral. E para fazer escola de tempo integral, a gente vai ter que mudar o tamanho e o jeito que as escolas são feitas. As escolas no Brasil hoje são quase uma caixa de fósforos. Ou seja, são uma caixa de cimento e as crianças não tem espaço para nada. É preciso que a escola tem multifuncionalidades, que a escola possa ter esporte, lazer, cultura, para que as crianças sintam prazer em ir para a escola”, ressaltou.

Carta para o Brasil 

Ainda nesta quinta-feira, a campanha de Lula lançou um documento de nove páginas com propostas e compromisso em 13 áreas. Intitulado de Carta para o Brasil do Amanhã, o texto lista algumas das medidas e prioridades do governo do petista caso seja eleito.  "As primeiras medidas de nosso governo serão para resgatar da fome 33 milhões de pessoas e resgatar da pobreza mais de 100 milhões de brasileiros e brasileiras. A democracia só será verdadeira quando toda a população tiver acesso a uma vida digna, sem exclusões", diz um trecho de apresentação da carta.

O documento aborda questões econômicas, como a retomada de obras federais, aumento do investimento público e construção de uma nova legislação trabalhista. Na área de trabalho e renda, o texto reafirma o compromisso de aumentar o salário mínimo acima da inflação e isentar o imposto de renda para quem ganha até R$ 5 mil, além do Bolsa Família no valor de R$ 600 como valor permanente e mais R$ 150 para cada criança de até 6 anos. 

Na área de sustentabilidade, o texto fala em zerar o desmatamento, criação do Ministério dos Povos Originários e enfrentamento do garimpo legal em reservas. Na educação, fala em expandir o ensino em tempo integral, universalização da banda larga nas escolas e investimento na construção de creches.

Na saúde, a candidatura promete retomar o programa Farmácia Popular, implantar o Médicos pelo Brasil e criar o Centro Nacional de Telemedicina. Na habitação, Lula quer retomar o programa Minhas Casa Minha Vida, além de outros programas de governos anteriores, como o Luz para Todos e o projeto de cisternas no Semiárido. Na segurança pública, Lula promete criar um ministério específico e implementar o Sistema Único de Segurança Pública.

Na cultura, a principal proposta é a recriação do Ministério da Cultura, com retomada do programa Cultura Vida, responsável pelos Pontos de Cultura. Lula também se compromete a recriar os ministérios da Mulher, da Igualdade Racial, e assegurar liberdade de religião e culto no Brasil.  

O documento ainda cita propostas para agricultura, como a recuperação de pastagens degradadas e políticas para a transição digital no setor industrial. Na política externa, a candidatura de Lula fala em manter diálogo democrático e respeito a autodeterminação dos povos, com fortalecimento da integração regional, por meio do Mercosul, e multilateral, como os BRICS, países da África, União Europeia e Estados Unidos. A carta ainda faz menção à defesa e promoção das liberdades democráticas. 

Matéria atualizada às 20h52 para acréscimo de informações sobre a Carta para o Brasil do Amanhã lançado pelo candidato Luiz Inácio Lula da Silva.