Como lidar com as situações de opressão que atingem as mulheres e as pessoas que pertencem as classes sociais menos favorecidas? Os jovens do Projeto Teatro do Oprimido na Maré encenaram, neste sábado (26), diferentes episódios de opressão e convidaram o público a buscar soluções para cada um dos casos.
As cenas foram construídas com música, poesia, dança e com a participação da plateia.
Todos os jovens do projeto são moradores da Maré. As escolas e os espaços culturais do conjunto de comunidade são com frequência o local onde as peças são encenadas. Para levar o trabalho dos jovens para outros pontos e outros públicos, a 2ª edição do #OcupaJovem escolheu o Centro de Teatro do Oprimido, na Lapa.
De acordo com coordenadora artística do projeto, Helen Sarapeck, o evento é uma oportunidade de promover o encontro entre os jovens que atuam nos grupos de teatro, mas também é uma chance de encenar as montagens para outros públicos.
Na arena improvisada, o grupo Maré 12 apresentou uma cena em que três mulheres da mesma família enfrentavam críticas ao manifestarem interesse por experiências vividas tipicamente por homens, como a condução de veículos, jogos de futebol e rodas de capoeira.
Em seguida, foi a vez do grupo Maremoto abordar a escolha das profissões, a partir dos gêneros. Léo é pressionado pelo pai a aceitar o trabalho de mecânico. O problema é que ele quer mesmo é fazer teatro. Ao mesmo tempo, a jovem Duda é recebeu do tio um presente indiscreto e percebeu que era vítima de assédio sexual.
A última apresentação foi do grupo Marear, que encenou o preconceito sofrido por Diogo, morador da Maré, quando buscava uma colocação no mercado de trabalho. Após conseguir emprego numa multinacional, o jovem é demitido depois que descobrem seu bairro de origem. As soluções para estas situações de opressão foram apresentada pelo público.