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Cultura

Latino-americanos buscam integração nos Jogos Mundiais dos Povos Indígenas

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Lucas Pordeus Leon
30/10/2015 - 18:40
Palmas

Povos de treze países da América Latina vieram a Palmas, no Tocantins, participar dos primeiros Jogos Mundiais dos Povos Indígenas. E lideranças latino-americanas ressaltam que esse é um momento único para unir os povos tradicionais da região.

 

A Argentina é um país conhecido por ter uma população de origem europeia. Mas ainda existem cerca de 30 etnias no país. Nesses jogos, nossos hermanos vieram em uma delegação de 60 indígenas de seis etnias diferentes.

 

Eles viajaram durante três dias de ônibus para chegar a Palmas. O argentino Ariel Araújo, da etnia Mocoví, ressalta que os Jogos Mundiais valorizam os esportes indígenas.

 

 

Do Panamá, veio uma delegação de 65 pessoas de 5 etnias diferentes. Somente do povo Guna existem 50 mil no país da América Central. Eles vivem em um arquipélago com 365 ilhas. Dessas, 49 são habitadas.

 

 

A liderança Jhonny Ayarza explica que o território deles é autônomo, tem um Congresso próprio e o governo precisa pedir permissão ao povo Guna para intervir na região. 

 

 

Jhonny diz que apesar das diferenças, todos os povos indígenas têm muito em comum como a pesca, a caça e a relação com o meio ambiente. Ele considera os Jogos uma oportunidade para unir as lutas das etnias.

 


Descendente dos Mayas, o Indígena Seluyn Solares, da Guatemala, viaja para divulgar a Pelota Maya, jogo de cerca de três mil anos. São dois times que usam o antebraço, quadril, costas e ombro para jogar uma bola por um arco que fica pendurado.

 


Outro esporte demonstrado nos Jogos Mundiais dos Povos Indígenas é a Pelota Mixteca, esporte de etnias mexicanas. Parece o jogo com peteca, mas no lugar é arremessada uma bola que pesa quase um quilo. 

 

 

O objetivo é não deixá-la cair e jogá-la para cima do time adversário. Por causa do peso, eles usam luvas protetoras na mão.

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