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Cultura

História Hoje: Conheça a trajetória da sambista Jovelina Pérola Negra

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Apresentação Carmen Lúcia
02/11/2015 - 07:30
Brasília

Há 17 anos, morria no Rio de Janeiro a cantora e compositora Jovelina Pérola Negra. De voz rouca e forte, era considerada herdeira do estilo de Clementina de Jesus. 

 

Jovelina Faria Belford, nasceu no Bairro de Botafogo, zona Sul do Rio de Janeiro, mas logo mudou para o subúrbio.

 

Sua história é um testemunho de luta e superação. De empregada doméstica a vendedora ambulante de linguiça nunca desistiu do sonho de se tornar cantora.

 

Era fã de Bezerra da Silva, e sob sua inspiração começou a fazer apresentações no Vegas Sport Clube, em Coelho Neto, levada pelo amigo Dejalmir.

 

Foi o próprio Dejalmir quem escolheu seu nome artístico, Jovelina Pérola Negra, em homenagem a sua cor.

 

De Coelho Neto foi para Belford Roxo e depois para Madureira onde, na Escola de Samba Império Serrano, desfilou anos a fio na ala das Baianas. Na Estrela de Madureira conheceu Roberto Ribeiro, Jorginho do Império e outros nomes de peso da escola.

 

Começou a cantar ao lado desses artistas e virou atração no Show Botequim do Império, que acontecia na quadra da escola, durante os ensaios, para aumentar o caixa que financiava desfiles.

 

Não demorou muito tempo para que seus fãs a considerassem herdeira natural de Clementina de Jesus na dinastia das grandes vozes femininas do samba.

 

Jovelina foi uma das peças mais importantes na condução do samba de fundo de quintal e do pagode para a linha de frente da MPB.

 

A artista estreou na música tardiamente, em 1985, quando já tinha 40 anos, com sua participação em três faixas da coletânea Raça Brasileira.

 

No ano seguinte a cantora gravava seu primeiro disco solo com sambas de sua autoria e de compositores como Nei Lopes e Monarco.

 

Ao todo gravou seis discos, entre eles, "Sorriso Aberto", em 1988, "Sangue Bom", em 1991, "Vou da Fé", em 1993, quando conquistou um disco de platina.

 

A dama do samba Jovelina Pérola Negra, morreu de enfarte, aos 54 anos, enquanto dormia em sua casa, no bairro da Pechincha, em Jacarepaguá.

 

O corpo da cantora foi enterrado em clima de pagode, com familiares e populares cantando seus maiores sucessos. Jovelina deixou três filhos e dois netos.

 

História Hoje: Programete sobre fatos históricos relacionados às datas do calendário. É publicado de segunda a sexta-feira.

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