Há 93 anos, nascia no Bairro de Piedade, no Rio de Janeiro, Waldir Azevedo, músico e compositor do choro Brasileirinho, considerada a mais importante composição do gênero.
De família pobre, ainda criança, demonstrou interesse pela música. Aos sete anos, comprou uma flauta transversal depois de juntar dinheiro com a captura e venda de passarinhos.
No carnaval de 1933, aos dez anos de idade, apresentou-se pela primeira vez como flautista, tocando Trem Blindado, de João de Barro, no Jardim do Méier.
Na adolescência trocou a flauta pelo bandolim, por influência de amigos, que se reuniam aos sábados para tocar. Pouco tempo, depois trocou o bandolim pelo cavaquinho, que lhe deu projeção.
Apesar do gosto pela música ter se manifestado ainda na infância, Waldir Azevedo sonhava em ser piloto de avião, mas problemas cardíacos o impediram de realizar o sonho.
Waldir foi então trabalhar na companhia elétrica do Rio de Janeiro, a Ligth, até que, em 1945, já com 22 anos, recebeu o convite para ocupar uma vaga no grupo de Dilermando Reis.
Eles se apresentavam em um programa da Rádio Clube do Brasil. Tocou no grupo durante dois anos e acabou assumindo a liderança com a saída de Dilermando, em 1947.
A década de 1950 foi a de maior sucesso de Waldir Azevedo, época em que conseguiu projeção internacional. Composições como Brasileirinho, Pedacinhos do Céu, Chiquita e Vê se gosta, foram tocadas no mundo inteiro.
Naquela década, viajou com seu conjunto por países da América do Sul , do Norte e Europa, incluindo duas viagens patrocinadas pelo Ministério das Relações Exteriores, na caravana da Música Popular Brasileira.
Suas músicas foram gravadas no Japão, Alemanha e Estados Unidos, onde Percy Faith e sua orquestra atingiram a marca de um milhão de cópias vendidas com uma gravação de Delicado.
No auge das transmissões em ondas Curtas da Rádio BBC de Londres, a obra de Waldir Azevedo foi veiculada simultaneamente em 52 países.
A música Brasileirinho é considerada o maior sucesso da história do choro. Foi gravada pelo conjunto de Waldir, pela Rainha do Chorinho, Ademilde Fonseca, teve versão de Os Novos Baianos, na voz da Baby Consuelo e, mais tarde, por músicos de todo o mundo.
Waldir Azevedo morreu em 1980, em São Paulo, em decorrência de um aneurisma da aorta abdominal, poucos dias antes de começar as gravações de um novo álbum.
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