Em 1º de setembro de 1970, morre em Paris, François Charles Mauriac – prêmio Nobel de literatura, em 1952 –, um romancista que investiu a força de sua obra no drama da vida humana.
De formação católica e considerado o maior representante do romance psicológico da tradição francesa, Mauriac transitou entre o sagrado e o profano.
Os romances estavam recorrentemente centrados entre as questões que envolviam conflitos trágicos entre a fé – o amor fundado na religião –, e as tentações do mundo. Sem sombra de dúvidas, elementos que marcaram toda a sua obra.
Autor de numerosos romances Mauriac destacou-se sobretudo em "Le Désert de l'amour," e "Le Noeud de Vipères", que revelaram com força incomparável as chamadas almas pecadoras.
O autor foi profundamente influenciado por Blaise Pascal – matemático, físico, inventor e teólogo católico. Um homem francês voltado para lógica, para razão. Mas também centrado nos estudos do sentido, da essência da verdade, da fé e do caminho divino.
O poeta Francis Jammes também influenciou Mauriac com o lirismo de sua poética. Uma obra com um forte elemento religioso e catolicista. Mas que também se destaca pelos prazeres de uma humilde vida rural e donzelas.
François Charles Mauriac Iniciou sua carreira em 1909. Publicou estudos biográficos e críticos, colaborou também em revistas e jornais franceses.
Entre as obras críticas está o famoso ensaio contra a pena de morte, que levou a uma coleta de assinaturas pelo fim da pena de morte na França, após a Segunda Guerra Mundial.
François Mauriac entrou para a Academia Francesa de Letras, em 1933, ocupando a cadeira 22.
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