Dez de agosto de 1823, nasce Antônio Gonçalves Dias.
O patrono da cadeira de número 15 da Academia Brasileira de Letras, nasceu em Caxias – Maranhão. Poeta, professor, advogado, jornalista e crítico, fundou em 1849 o jornal Guanabara, que tinha como um de seus colaboradores, Machado de Assis.
Pesquisador da história brasileira, incorporou em suas obras o espírito e a cultura nacional. É considerado um dos principais representantes do romantismo do século dezenove, tendo feito parte da Primeira Geração do Romantismo, também conhecida como geração indianista ou nacionalista.
Seus poemas exaltam a pátria, o índio, o negro e as belezas naturais do Brasil. Valores medievais e religiosidade também se fazem presentes em poemas marcados pela presença da rima e da musicalidade.
“Canção do Exílio”, segundo especialistas, é um de seus trabalhos mais marcantes e emblemáticos e uma das mais conhecidas poesias da língua portuguesa; foi escrito em 1843, quando Gonçalves Dias estava em Coimbra, Portugal, estudando direito.
Ana Amélia Ferreira do Vale foi o grande amor do poeta, mas a família da amada não permitiu a união. Em 1852, no Rio de Janeiro, se casou com Olímpia Carolina da Costa, com quem teve uma filha, que morreu ainda na primavera dos primeiros anos. Um casamento permeado pela dor.
Gonçalves Dias imprimiu uma marca própria: a dor, o luto, o preconceito sofrido pelo tom da pele e pela origem humilde, tudo era material para os textos do poeta que em 1847 escreveu a obra “Dona Leonor de Mendonça”, onde o drama poético se fez ainda mais evidente. No prefácio do livro, escreveu:
“A imaginação tem cores que não se desenham, a alma tem sentimentos que se não exprimem, o coração tem dores superiores a toda expressão. O drama é feito para ser representado.”
Antônio Gonçalves Dias morreu em três de novembro de 1864, aos 21 anos, vítima do naufrágio do navio Ville de Boulogne, na Costa maranhense.
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