Uma obra no interior do Conic vem causando questionamento de comerciantes e defensores da cultura.
O conselheiro da Fundação Brasileira de Teatro, Carlos Guimarães, conta que se deparou com dois pedreiros perfurando a praça central, palco de eventos culturais de Brasília.
Ele afirmou que as pessoas envolvidas com as atividades culturais do local não foram notificadas sobre as obras e terão que desmarcar eventos já agendados.
O Conselheiro disse, ainda, que os pedreiros que perfuravam o local alegaram autorização da prefeitura.
A nossa reportagem esteve no local das obras e tentou falar com a engenheira responsável pelas obras do Conic, mas ela não quis responder às perguntas.
O comerciante do local, Alex Menezes, que vende roupas e calçados, relata que, com as obras da praça central do Conic, as vendas já caíram, agora com as perfurações fora da obra principal, a situação piorou.
O Conselheiro Carlos relata, ainda, a existência de outro problema. O chão com cacos de concreto, após as britadeiras, tem no subsolo a sala Conchita de Moraes, que faz parte do Teatro Dulcina de Moraes, patrimônio tombado pelo DF.
Também procurada, a Secretaria de Cultura do DF informou que a Subsecretaria do Patrimônio Cultural, faria uma visita técnica no local para avaliar a situação, sem data definida. O órgão ainda explica que os espaços do teatro são protegidos por conta do tombamento.
A autorização de obras em espaço público na região é concedida pela Administração de Brasília, que não atendeu as nossas ligações. A Agefis, Agência de Fiscalização do DF, informou que não tem competência de autorizar, apenas de fiscalizar obras em áreas públicas.
