O amor, a morte, Deus, a transcedência. Temas que de uma forma ou de outra inquietam toda a humanidade são a matéria-prima da produção de Hilda Hilst, a escritora paulistana de Jaú.
Hilda, que morreu em 2004 aos 74 anos, é a homenageada desta 16ª edição da Festa Literária Internacional de Paraty, a Flip, que começa na próxima quarta-feira (25). Na programação do evento, várias autoras e autores dialogam com a obra da homenageada, como explica a curadora da Flip Josélia Aguiar.
Josélia destaca que o reconhecimento de Hilda, que além de poesia, também escreveu ficção, crônicas e peças de teatro, chegou tarde. A escrita mais complexa e a independência de Hilda em relação aos grupos literários da época estão entre as hipóteses para o pouco conhecimento de sua obra enquanto ela ainda vivia.
A escritora optou por morar sozinha a partir de 1996, na chamada Casa do Sol, uma chácara em Campinas. Josélia destaca que cada vez mais a obra de Hilda vem sendo estudada nas universidades e ainda há muito o que se publicar sobre ela. A curadora da Flip dá dicas para quem quer conhecer a produção.
A Flip vai até o dia 29 de julho. A festa reúne 33 autoras e autores convidados em 19 atividades principais e mais de uma centena nos eventos paralelos promovidos pela organização do evento e por parceiros e independentes. Em 2017, Paraty recebeu 25 mil pessoas para a festa.