De um lado uma maquete chamada de Modelo Vivo, que retrata o território das 16 favelas que compõem o Conjunto da Maré. No mesmo espaço, fotografias, textos e artesanatos feitos por famílias que vivem em San Cristobal de Las Casas, em Alto Chiapas, no México.
A exposição, que mescla essas duas realidades, está sendo realizada no Galpão Bela Maré, do Observatório de Favelas, na Maré.
Mas o que os 140 mil moradores de um conjunto de favelas, no Rio de Janeiro, e de uma cidade mexicana tem em comum? A migração.
A exposição traz parte do acervo do Museu Migrante, o Mumi, um projeto da organização mexicana Voces Mesoamericanas, que está pela primeira vez no Brasil.
A educadora do Galpão Bela Maré, Érika Lemos Pereira, detalha como a mostra tem possibilitado reflexões sobre as convergências entre os povos.
A exposição vai até o dia 30 de maio. Às quartas-feiras, a mostra tem atividades especiais como visitas mediadas e ações poéticas, com rodas de leitura e debate com a participação de Deyanira Clériga, coordenadora da organização Voces Mesoamericanas.
Temas atuais aos dois países também fazem parte das conversas, como a construção do muro na fronteira entre México e Estados Unidos para impedir migrações e a chegada de venezuelanos ao Brasil.
Érika detalha como, a partir deste diálogo, a empatia e as identidades vão se firmando.
A mostra fica aberta ao público, de terça à sábado, entre 10h e 18h. O Galpão Bela Maré fica na rua Bittencourt Sampaio, 169, em Nova Holanda, na Maré, entre as passarelas 9 e 10 da Avenida Brasil.
As atividades e a programação podem ser conferidas, também, pelas redes sociais do Galpão Bela Maré.