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Cultura

Forró pode ser declarado patrimônio imaterial do Brasil até o ano que vem

Gênero musical
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Gilberto Costa, da Agência Brasil
29/06/2019 - 11:49
Brasília

O forró pode ser declarado como patrimônio imaterial do Brasil até meados de 2020. O Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) iniciou pesquisa nos nove estados do Nordeste, mais o Distrito Federal, Espírito Santo, Rio de Janeiro e São Paulo para identificar a forma de expressão que além de gêneros musicais diz respeito a festas e interações sociais ao som da sanfona, zabumba e do triângulo.

 

De acordo com Hermano Queiroz, diretor do Departamento de Patrimônio Imaterial do Iphan, o trabalho de registro do forró permitirá “mapear as vulnerabilidades, os riscos, a necessidade de promoção do bem”.

 

Desde a origem do nome, há mais de uma narrativa sobre a palavra forró. Conforme o maestro Marcos Farias, o compositor e instrumentista falecido Sivuca defendia a tese de que a palavra tem como origem a expressão em inglês de “for all”.

 

O etnomusicólogo Carlos Sandroni, professor do Departamento de Música da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e responsável pela pesquisa do Iphan, descarta essa versão. Segundo ele, desde o século 19, há uso da palavra forró “para designar uma festa popular com dança, com música e com bebida”.

 

Ao que tudo indica forró é uma abreviação de forrobodó, originário da Galícia.

 

Antes do forró, outras formas de expressão musical obtiveram o reconhecimento do Iphan como patrimônio imaterial e constam no Livro do Registro das Formas de Expressão como o caboclinho, a capoeira, o carimbo, o cavalo marinho, o frevo, o jongo, o marabaixo, o maracatu, o samba de partido alto, o samba de terreiro, o samba enredo, o samba de roda, o tambor de criola e os toques dos sinos de igrejas em centros históricos de Minas Gerais.

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