Quilombo do Campinho estreia a Flip Preta com programação voltada para a cultura negra
Cultura, oralidade e resistência que vão além da programação da Festa Literária Internacional de Paraty, a Flip.
Para o Quilombo do Campinho, era preciso criar um evento com a cara e as matizes do povo preto da cidade.
E neste ano, quando se comemora os 20 anos da titulação do quilombo, a primeira comunidade a ser titulada no estado do Rio, a Flip Preta, paralela à programação da Flip, saiu do sonho para a realidade, como explica Fábio Martins, produtor da Flip Preta.
O evento acontece de 11 a 14 julho, inteiramente no território do Quilombo, que fica há cerca de 12 quilômetros do centro de Paraty.
A programação inclui shows, teatro, poesia, oficinas, rodas de conversa e uma programação inteira voltada para as crianças.
No primeiro dia, uma roda de griôs conta a história do próprio quilombo do campinho.
Entre os convidados estão a Orquestra Mundana Refugi, o cantor e compositor Gê de Lima, que realiza um show com o percursionista, poeta e compositor Mestre Lumumba, o grupo Boemia do Samba, o rap quilombola Realidade Negra, a cantora, multi-instrumentista e compositora Taís Feijão, entre outras.
A Flip Preta é gratuita e aberta ao público. A programação completa pode ser conferida no site quilombodocampinho.org.
O Quilombo fica no quilômetro 584 da BR 101, saindo de Paraty no sentido Ubatuba.