Depois de cinco anos, escolas de sambas do Distrito Federal devem voltar a desfilar em 2020
Desde o carnaval 2014, as escolas de samba do Distrito Federal não desfilam por falta de verba do governo local e de patrocinadores. Mas a promessa é que, no ano que vem, as apresentações voltem a ocorrer em Ceilândia, em espaço que ainda será definido.
O atual governo abriu um edital do Fundo de Apoio à Cultura para destinar um R$ 1,2 milhão para o desfile, mas esse valor é insuficiente para arcar com os custos da festa.
No dia 25 de outubro, houve uma reunião entre escolas de samba e a Secretaria de Cultura, e ficou definido que o governo vai procurar outras fontes de recursos, como detalha o vice-presidente da Liga das Escolas de Samba do DF, Adriano Gardim.
“Estamos construindo uma solução com o governo para buscar outras fontes, seja ela de empresas públicas, de empresários, para complementar o valor”.
O presidente da escola de samba Acadêmicos da Asa Norte, Jansen de Melo, detalha os gastos de uma agremiação com um desfile.
“Se você dividir R$ 1,2 milhão para oito escolas dá R$ 150 mil. Nos carnavais passados foram R$ 500 mil. Você tem que fazer três carros alegóricos, colocar mil pessoas na rua, bateria, fantasia, tudo isso custa dinheiro”.
Já o subsecretário de Fomento e Incentivo Cultural da Secretaria de Cultura, João Moro, esclarece que o vencedor do edital do Fundo de Apoio a Cultural tem a obrigação de repassar o dinheiro às escolas.
“O projeto cultural que vencer vai repassar os montantes necessários, de modo a garantir a realização do desfile”.
O próximo carnaval do DF deve contar também com os blocos tradicionais e outros eventos, já que o edital da Secretaria de Cultura prevê um total de mais de R$ 5 milhões para apoiar os eventos carnavalescos de 2020.