A pandemia de covid-19 provocou crise em vários setores. Mas, para o mercado de livros, a situação até melhorou. E as editoras estão comemorando o desempenho registrado em 2021. O Sindicato Nacional dos Editores de Livros (SNEL) confirmou esses dados a partir da pesquisa feita pela Nielsen BookScan.
Entre os dias 6 de dezembro de 2021 e 2 de janeiro deste ano, foram vendidos 5,4 milhões de livros, quase 5% a mais do que no mesmo período de 2020. E o faturamento cresceu ainda mais, se aproximando dos 15%.
Já durante todo 2021 houve crescimento de quase 30% em relação ao ano anterior, tanto no que se refere ao número de livros vendidos – 55 milhões – quanto ao faturamento. Para o presidente do SNEL, Dante Cid, ficou demonstrado que o hábito da leitura permaneceu durante a pandemia.
Os escritores notaram essa melhora, como relata o jornalista Guilherme Giugliani, paulista radicado em Porto Alegre, que iniciou a carreira de escritor em 2015. Premiado em concursos literários no Brasil e em Portugal, lançou na virada de 2020 para 2021 seu terceiro livro: “Nossos sonhos são os mesmos”. Ele temia divulgar a obra durante a pandemia, mas a editora apostou e deu certo.
Outro ponto apresentado pela pesquisa foi o crescimento de quase 10% na quantidade de ISBN, sigla usada para numerar novos títulos de livros, artigos e apostilas. No ano passado, foram catalogados cerca de 400 mil lançamentos.