O corpo de Lygia Fagundes Telles foi cremado no cemitério da Vila Alpina, em São Paulo, nessa segunda-feira em uma cerimônia restrita a familiares e amigos da escritora. Lygia foi a terceira mulher a assumir uma cadeira na Academia Brasileira de Letras.
Publicou o primeiro livro em 1938, quando tinha apenas 15 anos. Mas foi a partir dos anos de 1970 que suas obras ganharam repercussão. Ao todo, são 18 livros de contos e 4 romances. Ciranda de Pedra, As meninas, e Horas Nuas são algumas de suas obras mais importantes.
Conhecida como a "Dama da Literatura Brasileira", teve o trabalho reconhecido no Brasil e no mundo. Venceu o prêmio Jabuti, o mais importante da literatura brasileira, quatro vezes. Em 2005, ganhou o Camões, o mais importante da língua portuguesa, e em 2016 foi indicada ao Nobel de literatura.
Se dizia feminista antes de conhecer o termo e foi uma das autoras do "Manifesto dos Intelectuais" contra a censura durante a ditadura militar. Amiga de Clarice Lispector, confidente de Hilda Hilst e no documentário Narrarte, dirigido por seu filho Goffredo Telles Neto, citou o colega Guimarães Rosa
Os leitores e admiradores de Lygia Fagundes Telles puderam prestar a última homenagem à escritora no velório que aconteceu nesse domingo, na Academia Paulista de Letras, e que foi aberto ao público.