Wladimir Teixeira se tornou testemunha de Jeová aos 12 anos, desde então na casa dele não se celebra a páscoa.
O servidor público que hoje é pai conta que desde cedo explicou ao filho os fundamentos da religião escolhida pela família, por meio do diálogo.
O Judaísmo foi a primeira religião a celebrar a Páscoa – ao comemorar a libertação do povo judeu da escravidão no Egito.
Na Umbanda e no Candomblé, a celebração se assemelha à da Igreja Católica, festejando a ressurreição de Jesus Cristo, também representando a passagem da morte para a vida.
Já os seguidores do Islamismo e do Hinduísmo, trazem em sua doutrina uma ideia de libertação, de superação entre o bem e o mal.
O professor de filosofia da Universidade de Brasília, Agnaldo Cuoco Portugal, explica que no fundo há uma concordância entre as doutrinas religiosas: um anseio pela libertação.
Agnaldo Portugal acrescenta que os budistas também não festejam a Páscoa, mas entendem que essa libertação está em superar o egoísmo.
Os espíritas não comemoram datas de outras religiões, mas respeitam as manifestações de todas as outras doutrinas.
Nesse sentido, o professor Agnaldo sugere que a Páscoa é um ótimo dia para refletir, independente da fé e até mesmo da falta dela.
Oportunidade também de praticar a tolerância e uma convivência fraterna, como deseja Wladimir Teixeira, que você ouviu no início dessa reportagem.
Com produção de Michele Moreira.




