O rádio é um meio de comunicação de massa de longo alcance e com custos de produção bem mais modestos, comparados aos das outras mídias.
Só por isso, sua aplicação permanente como ferramenta complementar à formação educativa e cultural já estaria amplamente justificada. Mas há ainda muitos outros argumentos …
Além de ser um meio de transmissão e de comunicação, o rádio proporciona a extensão e o enriquecimento da experiência humana através do sentido da audição. E alcança, inclusive, populações sem muita intimidade com a cultura letrada.
Aprender e ensinar através da escuta, de narrativas ficcionais, relatos de experiências, audição musical ou mesmo da experimentação artística, com combinação dos sons, silêncios e da palavra falada é "áudio educar".
Este parece ser mesmo um destino irrevogável da radiofonia no Brasil desde a fundação da Rádio Sociedade por Roquette Pinto.
A chegada da internet permitiu a transmissão de som, ao vivo ou gravado, para qualquer parte do mundo, sem necessidade de autorização estatal. Também possibilitou a exploração de novos públicos e a retomada ou a inovação dos formatos radiofônicos.
Apesar de oferecer ferramentas e possibilidades que a tornam potencialmente mais interativa e democrática, a internet ainda não está acessível a todos os habitantes do globo terrestre. E onde ela não chega, lá está o rádio, há mais de cem anos.
Com pesquisas para nortear a adequação dos conteúdos aos seus mais diversos públicos, gestão descentralizada e independente dos humores comerciais ou políticos e profissionais capacitados, o rádio ainda vai dar muito o que ouvir…
Cem anos em 100 programas
Até 7 de setembro, a Rádio MEC vai produzir e transmitir, diariamente, interprogramas com entrevistas e pesquisas de acervo sobre diversos aspectos históricos relacionados ao veículo.
A ideia é resgatar personalidades, programas e emissoras marcantes presentes na memória afetiva dos ouvintes. Acompanhe na Radioagência.