Do Repórter Esso até as rádios all-news e os podcasts, o radiojornalismo evoluiu muito no Brasil e continua enfrentando novas mudanças e desafios.
A revolução digital da internet colocou os meios tradicionais em xeque pela lógica do streaming on-demand. Esses veículos também perdem sua influência original porque não somos mais consumidores totalmente passivos, também produzimos boa parte do que consumimos a partir de nossas câmeras, microfones e plataformas próprias.
O jornalismo também foi abalado por essa mudança, já que se tornou muito mais fácil registrar, comentar e informar pela conectividade dos meios digitais.
No entanto, isso também contribuiu para o surgimento das fake news e da desinformação. De maneira inesperada, o jornalista surge nos últimos anos mais importante e necessário do que nunca, sujeito ativo na apuração e checagem de notícias em um mar de desinformação.
O rádio também se adaptou a esse novo contexto: aderiu ao fenômeno dos podcasts e webrádios, adotou transmissões com imagens em redes sociais e aplicativos e estimula cada vez mais a participação do ouvinte que se torna uma extensão do olhar do jornalista.
O radiojornalismo atual aceita os desafios que enfrenta, já não é o meio mais rápido de notícias, mas ainda pode apostar nas características únicas de um canal mais próximo do público e das diversas vozes envolvidas na apuração.
Dessa maneira, o jornalismo na rádio continua mantendo sua importância e influência como importante plataforma democrática do diálogo, debate e informação.
Cem anos em 100 programas
Até 7 de setembro, a Rádio MEC vai produzir e transmitir, diariamente, interprogramas com entrevistas e pesquisas de acervo sobre diversos aspectos históricos relacionados ao veículo.
A ideia é resgatar personalidades, programas e emissoras marcantes presentes na memória afetiva dos ouvintes. Acompanhe na Radioagência.