Esta terça-feira (16) é feriado em Teresina, porque a capital do Piauí completa 170 anos de história. É a única capital nordestina que não é banhada pelo mar e a primeira capital brasileira a ser planejada. Anos antes de Aracaju, décadas antes de Belo Horizonte e mais de um século antes de Brasília.
Às margens do rio Parnaíba, que separa o estado com o Maranhão, hoje são 870 mil teresinenses que vivem na cidade criada para resolver três "problemas" enfrentados pelo presidente da então província do Piauí, em 1852. De acordo com Shi Takeshita, historiador e pesquisador da Universidade Estadual do Piauí, a necessidade de transferir a capital já vinha desde a colonização portuguesa, porque a antiga capital, Oeiras, hoje com 37 mil habitantes, passava por uma longa crise econômica, mas resistia à ideia de mudança.
O governo da província conseguiu levar adiante o projeto de criar a nova capital porque também precisava integrar comercialmente as vilas do interior por meio da navegação pelo rio Parnaíba. O terceiro problema enfrentado era a antiga Vila do Poty, que sofria todos os anos com enchentes e precisava de uma nova localização. Após a inauguração de Teresina, a cidade se desenvolveu rapidamente.
Também em 16 de agosto, foi inaugurada a Igreja Nossa Senhora do Amparo, no centro da cidade, quando havia apenas a capela mor e as sacristias laterais. A imagem da santa padroeira veio só depois. Nesta terça-feira, é lá que foi realizada a missa celebrando o aniversário da capital piauiense. Às 17 horas, haverá o tradicional corte do bolo, na praça do bairro Poty Velho, local onde ficava a antiga Vila do Poty.