O dia 23 de maio de 2021 caiu em um domingo. Foi nesse dia, às 10h24, no horário do Nepal, pouco mais de 1 da madrugada no horário de Brasília, que Aretha Duarte chegou ao topo do Everest.
A menina que cresceu no interior de São Paulo, em Campinas, filha de pernambucanos, fez história como a primeira mulher negra da América Latina a escalar a montanha mais alta do mundo.
A subida durou 54 dias, mas a escalada começou muito antes. Quando criança, Aretha vendia sucata para ajudar a renda da família. Foi também com sucata que ela levantou os US$ 67 mil, algo como R$ 350 mil, para custear a viagem até o topo do mundo.
Na verdade, mais uma degrau no novo desafio que Aretha escolheu vencer: ajudar as pessoas da periferia a descobrirem o que ela chama de PIB, o poder interno bruto.
O livro "Da Sucata ao Everest - a saga de Aretha Duarte” foi escrito pelos jornalistas Débora Rubin e Rodrigo Grilo. O lançamento aconteceu, nesta sexta-feira, na prefeitura de Campinas, com a presença da montanhista e ativista socioambiental, autografando os livros para seus conterrâneos.