Um painel artístico está sendo grafitado no Recife para celebrar os 30 anos do movimento Manguebeat e relembrar os 25 anos da morte de sua maior referência, o cantor e compositor Chico Science.
O percurso nos dois sentidos do túnel que leva o nome de Chico Science, localizado no bairro da Ilha do Retiro, na zona oeste da capital pernambucana, vai ganhar um painel artístico de 1.200m².
Desde a manhã de hoje, quem circula pelo túnel pode acompanhar ao vivo a pintura do artista recifense Max Motta e de outros três artistas convidados: Rodolfo Tavares, Luan Nascimento e Raoni Assis.
A intervenção no túnel começou há uma semana e integra o programa Colorindo o Recife, coordenado pela Secretaria Executiva de Inovação Urbana da Prefeitura, que já produziu desde abril, pelo menos, 18 painéis espalhados pelas ruas da capital.
O artista visual Max Motta está usando como inspiração para compor as ilustrações do painel duas composições do álbum ““Da Lama ao Caos”, da banda Chico Science e Nação Zumbi, lançado em 1994: “Risoflora” e “A Cidade”.
Artista performático, que levava ao palco passos de frevo, capoeira e a dança dos caboclos de lança do maracatu rural, Chico Science entoava emboladas, com a ginga do funk, a força do rock e elementos do samba coco, e muitos outros ritmos percussivos característicos do movimento Manguebeat.
Ao lado da Nação Zumbi, lançou os álbuns “Da Lama ao Caos”, em 1994, e “Afrociberdelia”, em 1996, marcos do movimento cultural pernambucano. Há 25 anos, em 2 de fevereiro de 1997, ele nos deixou após um trágico acidente de carro entre as cidades de Olinda e Recife.