
Há quatro anos um incêndio de grandes proporções devastou 85% do valioso acervo do Museu Nacional, na Quinta da Boa Vista, zona norte da cidade do Rio de Janeiro. O primeiro passo para sua reabertura foi dado nesta sexta-feira, com a entrega da fachada e do jardim frontal totalmente recuperados.
A cerimônia contou com a participação de representantes do Projeto Museu Nacional Vive e do BNDES, Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social, que está investindo 50 milhões de reais em infraestrutura para a revitalização completa do palácio histórico. A previsão é reabrir totalmente o Museu ao público em 2027.
O diretor Alexander Kellner fez uma avaliação do trabalho desenvolvido até agora, como o desejo de ser um museu de história natural e antropologia inovador e sustentável.
Entre os destaques da reforma do Museu Nacional, estão a impermeabilização da cobertura e restauração de 30 esculturas centenárias de mármore de carrara, que simbolizam as diversas áreas do conhecimento. As réplicas das estátuas já estão na cobertura do palácio. As esculturas originais passam a integrar o acervo e vão poder ser apreciadas de perto pelos visitantes.
Sobre a recomposição do acervo, Kelner declarou que, até o momento, o Museu Nacional reuniu mil exemplares para exposição, 10 por cento da meta. Também está sendo definido um projeto de emergência para o caso de novas tragédias, como o incêndio da noite de 2 de setembro de 2018.Foram gastos 23 milhões de reais na reforma da fachada, em amarelo ocre e verde nas portas, mesmas cores usadas durante o Império.
Além do balanço das obras, foi divulgada programação relacionada às comemorações do Bicentenário da Independência, que se inicia neste sábado e vai até o próximo dia 11.




