Prestes a tomar posse na presidência da Fundação Biblioteca Nacional, o escritor Marco Lucchesi afirmou, em entrevista à Agência Brasil, que a casa vai também fazer parte da reconstrução do país.
Lucchesi defendeu que a Biblioteca Nacional precisa se tornar cada vez mais democrática, assim como a República.
E nessa reconstrução, Lucchesi sustenta que uma das agendas mais importantes para o país é a cultura da paz.
O escritor e ex-presidente da Academia Brasileira de Letras também falou de outros desafios que terá à frente da Biblioteca Nacional, entre eles o de trabalhar as demandas atuais do livro e a internacionalização da Biblioteca. Também faz parte dos projetos do novo presidente promover mais visitas guiadas e encontros com crianças e públicos diversos.
No ano passado, Marco Lucchesi se recusou a receber a medalha da Ordem do Mérito concedida pela instituição para personalidades que contribuem com a literatura, porque a honraria seria entregue também ao deputado federal Daniel Silveira, condenado a 8 anos e 9 meses de prisão por atos antidemocráticos e beneficiado por um indulto do ex-presidente Jair Bolsonaro.
Lucchesi disse que a partir de agora as honrarias concedidas pela Biblioteca Nacional vão seguir rigoroso critério.
A posse de Marco Lucchesi está prevista para o próximo dia 24, na sede da instituição, no Rio, onde foi criada há mais de 200 anos.
Maior Biblioteca Nacional da América Latina, tem um acervo de cerca de 9 milhões de itens entre livros, periódicos, partituras, discos, gravuras, CDs e manuscritos. Entre os tesouros está a primeira edição do clássico Os Lusíadas, de Luís Vaz de Camões.
*Com informações da Agência Brasil