Uma multidão acompanhou o desfile do centenário Cordão do Bola Preta na manhã deste sábado (18), na avenida presidente Antônio Carlos, no centro do Rio de Janeiro.
Depois de dois anos sem desfile, por causa da pandemia de Covid-19, os foliões voltaram com tudo e vieram de todo os cantos da cidade e também de outros estados. Sem contar os turistas franceses, canadenses, americanos e também hermanos, daqui da Argentina.
Ao chegar no bloco, a rainha Paolla Oliveira, que vestia um mini vestido e botas de oncinha, preta e branca, sambou no chão antes de subir no trio elétrico e declarou que não dá pra esquecer o que cada um passou na pandemia e que hoje é dia de festejar.
A concentração do Bola começou às 9h e os foliões chegavam em grupos, todos com fantasias com bolas nas cores preto e branco e a maioria carregando bolsas com sanduíches, água, refrigerantes e cerveja.
No meio de tanta gente, estava Jussara Ferreira, de 51 anos. Ela é cadeirante e veio do bairro de Colégio, na zona norte, com outras cinco pessoas, todas fantasiadas.
Michele Antunes da Silva veio de Jacarepaguá, na zona oeste. Michel Alves Macedo, de 41 anos, veio com uma novidade. O desfile do Bola terminou no início da tarde. Os músicos também tiveram histórias pra contar.
Seu Carlos Araújo, de 68 anos, aposentado do cais do porto, toca bumbo. Ele mora em São João de Meriti, na Baixada Fluminense, e este ano, participa mesmo com dores no joelho direito.
O desfile aconteceu com normalidade e policiamento reforçado. A Polícia Militar revistou os foliões com detectores de metal e não houve registro de confusão.





