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Cultura

Escolas de samba desfilam sob forte chuva em São Paulo

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Nelson Lin, Repórter da Rádio Nacional
19/02/2023 - 14:01
São Paulo

Sob forte chuvas, as sete escolas de samba do Grupo Especial se apresentaram na madrugada de sábado (18) para domingo no Sambódromo do Anhembi.

A primeira escola a se apresentar veio do bairro do Grajaú, na periferia da zona sul de São Paulo. Foi a Estrela do Terceiro Milênio, que fez sua estreia no Grupo do Especial. O enredo homenageou o humor. Bonecos gigantes representaram grande ícones como Os Trapalhões, Jô Soares e Chico Anísio. O desfile foi encerrado com um tributo ao humorista Paulo Gustavo, morto vítima da covid-19 em 2021.

Acadêmico do Tucuruvi  foi a segunda escola a desfilar e trouxe uma homenagem a Bezerra da Silva, fazendo uma relação da vida do sambista com a de milhares de jovens da periferia. Teve ainda espaço para fantasias com críticas sociais, como ao Presidente Caô Caô e ao Pastor Trambiqueiro.

A Mancha Verde, atual campeã, apresentou neste ano o enredo exaltando o Xaxado e o Nordeste, misturando o ritmo com o samba. Luiz Gonzaga, o Rei do Baião, foi homenageado na forma de um boneco gigante articulado que segurava uma sanfona. Referência também a Padre Cícero e ao Cangaço, com a presença de Expedita da Silva, de 94 anos, filha única de Lampião.

A história do batuque desde a África até o Brasil foi o enredo da Império da Casa Verde. A quarta escola na noite de desfiles apresentou um navio representando a riqueza dos vários ritmos africanos. E do Brasil teve carro alegórico, representando os bailes funk, e alas homenageando as sambistas Ivone Lara, Clara Nunes e Elza Soares.

A Mocidade Alegre, por sua vez, fez um desfile unindo Brasil, Moçambique e o Japão, contando a história de Yasuke, considerado o primeiro samurai negro do mundo. Na bateria os integrantes foram fantasiados de Oda Nobunaga, o grande conquistador japonês.

A penúltima escola a se apresentar foi a Águia de Ouro e no enredo os sonhos e ambições de cada fase da vida. Representando os sonhos da infância teve carro alegórico com fonte de chocolate e futebol. Teve ainda alas com referências à meditação budista com as alas “o Estado do Zen” e “o estado do Nirvana” para falar que a vida é uma ilusão transitória. 

A última escola a entrar na avenida foi a Dragões da Real, exaltando a cultura do estado Paraíba. O tom dourado nas fantasias se destacou, fazendo referência ao fato do estado ser o primeiro do país a receber os raios do sol. Houve menção à festa junina, o carnaval paraibano e também à fé da população. 

A apuração para conhecer a grande campeã do Carnaval de São Paulo será nesta terça-feira (21), às 16 horas, no Sambódromo do Anhembi.

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