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Cultura

Série Ouro: disputa pelo título do Carnaval 2023 promete ser acirrada

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Lucas Coelho - Estagiário Rádio Nacional*
17/02/2023 - 08:15
Rio de Janeiro

A disputa pelo título do Carnaval 2023 na Série Ouro promete ser acirrada. Quinze escolas vão desfilar pela taça e pelos direitos de ascender ao grupo especial no ano seguinte. Sete agremiações abrem o Carnaval 2023 da Marquês de Sapucaí nesta sexta-feira.

A escola campeã da Série Prata,  Arranco do Engenho de Dentro, será a primeira a se apresentar com o enredo Zé Espinguela, chão terrível. Festejando seus 50 anos de fundação, a escola vai mostrar o nascimento dos desfiles das escolas de samba, na figura do líder religioso, compositor, jornalista, arrigueiro e um dos fundadores da Mangueira, Zé Espinguela, o enredo é de autoria do carnavalesco Antônio Gonzaga.

A Lins Imperial será a segunda escola a entrar na avenida e virá com o enredo Madame Satã, resistir para existir. Com uma nova abordagem contemporânea e em forma manifesto, a agremiação mostrará ao público a história de João Francisco dos Santos, o madame Satã, o bicha malandro, nordestino, preto e homossexual que, durante a primeira metade do século vinte, fez da Lapa o seu mundo. Símbolo de resistência, Satã vai ao encontro de enredos que celebram personalidades negras.

Em seguida, é a vez da Acadêmicos de Vigário Geral que vai levar para a avenida um enredo lúdico, depois de dois carnavais com críticas sociais. A escola da zona norte promete levar o público em uma viagem de volta a infância com o enredo A Fantástica Fábrica da Alegria, em alusão ao filme A Fantástica Fábrica do Chocolate. Além dos brinquedos e das brincadeiras do passado, o enredo vai também mostrar games e tecnologias de hoje. 

Já a Estácio de Sá, entra na avenida para homenagear São Luís do Maranhão com o enredo São João, São Luis do Maranhão, acende a fogueira do meu coração.

A Unidos de Padre Miguel, 5ª agremiação a desfilar, irá fazer um paralelo entre o deserto e o sertão, mostrando como a música, o chapéu do cangaceiro, os guarda-sóis, os azulejos traçam um paralelo entre a península ibérica, conquista por árabes, e o domínio mouro no nordeste. O enredo Baião de Mouros vai transitar do comércio do mascate ao gibão dos vaqueiros. 

Quem vem depois é a Acadêmicos de Niterói, o enredo homeageia os 450 anos da cidade de Niterói. O trabalho do carnavalesco André Rodrigues pretende ecoar um canto pela retomada do carnaval pelo povo para que foliões e foliãs possam reocupar as ruas da cidade. 

E o encerramento do primeiro dia de desfiles da Série Ouro na Sapucaí fica a cargo da São Clemente, que busca o título para retornar ao grupo especial. A escola vai apostar no bom humor e na crítica que lhe são tão característicos e propor uma inversão de papéis na história: o público vai ser convidado a imaginar como seria se a Europa tivesse sido descoberta e colonizada. 

Os desfiles na Marquês de Sapucaí começam às 21h30.

*Com supervisão de Tâmara Freire.

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