Essa é Thaís Oliveira, 30 anos, recém formada em Comunicação Social pela Universidade de Brasília. Há quase 10 anos, ela integra o Movimento de Mulheres Olga Benário, que surgiu em 2011 em resposta aos crescentes registros de violência contra a mulher no país.
O grupo recebeu o nome da militante comunista alemã de origem judaica Olga Benário, que foi casada com o político Luís Carlos Prestes, perseguida e preso durante a ditadura do Estado Novo. Benário foi assassinada em um campo de extermínio durante o governo de Getúlio Vargas.
O coletivo feminino acolhe mulheres vítimas de violência tem ocupações nas cinco regiões do país. As casas-abrigo também oferecem apoio jurídico e psicológico para mulheres em situação de violência.
Em Brasília, Thaís Oliveira coordena a Casa Iêda Santos Delgado, assim chamada em homenagem à advogada e jornalista desaparecida durante a ditadura militar. O local chegou a funcionar dois meses em um terreno público abandonado há 12 anos, mas que foi alvo de reintegração. No entanto, a assistência às mulheres continua, como explica Thaís.
Para Thaís Oliveira, ações de enfrentamento à violência contra a mulher só serão efetivas com a união de forças de diferentes esferas sociais.
Em Belo Horizonte, a Casa Tina Martins, que integra o Movimento de Mulheres Olga Benário, faz parte da rede municipal de enfrentamento à violência contra a mulher, trabalho reconhecido e divulgado pela prefeitura local. Tina Martins foi uma ativista brasileira que lutou pelos direitos dos trabalhadores no início do século XX.