A canção Ogum, composta por Marquinho PQD, e Claudemir, na voz de Zeca Pagodinho e Jorge Ben Jor, dois entre os milhões de devotos do santo guerreiro, fala da paixão e da fé por São Jorge, celebrado no dia 23 de abril. E, em mais uma demonstração de fé, Zeca tem uma imensa estátua de São Jorge em sua casa. 
Os festejos para São Jorge começaram no início da semana, com missas nas paróquias. Domingo tem o ápice, com uma alvorada e missa às 5h na Igreja matriz de São Jorge, em Quintino, na zona norte da cidade do Rio de Janeiro.
A festa segue durante todo o dia e a expectativa é de que 1 milhão de pessoas participem das comemorações, incluindo a procissão no fim da tarde. A aposentada Soneli Gomes, de 66 anos é uma delas.
O padre Dirceu Rigo, pároco da igreja de Quintino, diz que o povo carioca se identifica muito com São Jorge.
A popularidade do santo é amplificada também pelo fato de ser associado ao orixá Ogum, venerado em religiões de matriz africana no país. Para a pesquisadora e coordenadora do Museu Afrodigital da Uerj, a Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Ana Paula Alves Ribeiro, a concentração de terreiros o Rio de Janeiro pode também explicar a dimensão do culto a São Jorge no estado.
O santo teria sido um soldado romano nascido na Capadócia e martirizado por sua fé cristã. Mundialmente, ele é considerado protetor de escoteiros mirins, soldados e cavaleiros.
No Brasil, em especial no Rio de Janeiro, é um fenômeno cultural, sendo tema de diversas músicas, livros e até de uma novela televisiva.
Em maio de 2019, tornou-se oficialmente padroeiro do estado do Rio. E, na capital fluminense, 23 de abril, Dia de Jorge, é feriado municipal.
*Com colaboração da Agência Brasil
