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Cultura

Heloísa Buarque de Hollanda é a nova imortal da ABL

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Carolina Pessoa - Repórter da Rádio Nacional
21/04/2023 - 15:09
Rio de Janeiro

A escritora e crítica cultural Heloísa Buarque de Hollanda, de 83 anos, foi eleita nesta quinta-feira (20) nova imortal da Academia Brasileira de Letras (ABL). Ela passa a ocupar a cadeira 30, vaga desde a morte da escritora Nélida Piñon, em dezembro do ano passado.

Heloísa é considerada uma das principais vozes do feminismo brasileiro e a maior intelectual pública do país. Tem formação em Letras Clássicas pela PUC-Rio, mestrado e doutorado em Literatura Brasileira na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e pós-doutorado em Sociologia da Cultura na Universidade de Columbia, em Nova York.

Ela é, também, diretora do Programa Avançado de Cultura Contemporânea da UFRJ, onde coordena o Laboratório de Tecnologias Sociais do projeto Universidade das Quebradas, e o Fórum M, espaço aberto para o debate sobre a questão da mulher na universidade.

Heloísa passa a ser a 10ª mulher eleita para a ABL, com 34 votos de 37. A votação aconteceu pela primeira vez por meio de urnas eletrônicas, que foram emprestadas pelo Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro (TRE-RJ).

O escritor, professor e crítico literário Ítalo Moriconi destaca que a entrada de Heloísa Buarque de Hollanda na ABL é de extrema importância, por ser mais uma mulher na Academia e pela grande contribuição da profissional para o país.

“A Heloísa é uma pessoa sempre antenada com o contemporâneo, com o futuro, um tipo de intelectual bem atual, integrando todas as áreas da literatura, da cultura, da comunicação, da educação. Sempre empenhada com as boas causas né. Ela, para ocupar uma vaga de uma Nélida Piñon, tinha que ser uma pessoa como a Heloísa Buarque de Hollanda, sem dúvida nenhuma”.

Entre os livros de destaque da autora está 26 Poetas Hoje, de 1976, que revelou uma geração de poetas “marginais” que entrou para a história da literatura brasileira. Outros livros publicados por Heloísa Buarque de Hollanda são Macunaíma, da literatura ao cinema e Cultura e Participação nos anos 60.

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