O BNDES, Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social, vai criar um fundo de R$ 20 milhões para o projeto de restauro e revitalização da região do Cais do Valongo, no Rio de Janeiro, considerado o principal porto de entrada de milhares de africanos escravizados no Brasil e nas Américas.
Do total do valor, R$ 10 milhões serão investidos pelo próprio Banco e os outros R$ 10 milhões captados por meio de parceiros.
O fundo terá um Comitê Gestor e o BNDES vai lançar um edital público para contratar uma empresa ou uma ONG que vai administrar os recursos.
Também serão investidos outros R$ 7 milhões na contratação de especialistas e consultores para organizar a leitura e narrativa da memória do museu sobre a diáspora africana, que será instalado no antigo prédio Galpão Docas Pedro II, construído em 1871 pelo engenheiro negro André Rebouças.
O presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, disse que o processo de construção do conceito do museu também vai contar com uma comissão de notáveis de negros e negras.
Para o restauro do prédio, será lançado um edital internacional para arquitetos também negros e negras. Brasileiros, latino-americanos e africanos saem na frente na pontuação.
O anúncio da iniciativa do projeto de revitalização do Cais do Valongo foi feito durante o Seminário Empoderamento Negro para Transformação da Economia, realizado nesta terça-feira (23).
A ministra da Igualdade, Anielle Franco, afirmou ter certeza de que os editais e a construção do museu serão um sucesso e que o Ministério vai estar junto na luta.
A ministra voltou a destacar os episódios racistas contra Vinícius Junior e o quão difícil foi lidar com a situação.
Margareth Menezes, ministra da Cultura, também reforçou que a cultura vai participar desse momento da criação do museu e revitalização da Pequena África, como é conhecida a região, que será um diferencial na história da sociedade brasileira.
O presidente da Fundação Palmares, João Jorge Rodrigues, e o secretário municipal de Cultura, Marcelo Calero, também participaram do evento.
A previsão do BNDES é que o prédio Docas Rebouças seja entregue restaurado em 2025 e a inauguração do novo museu aconteça em 2026.
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