As matriarcas das escolas de samba do Rio de Janeiro ganharam bonecos em sua homenagem. O trabalho foi feito a partir da monografia da artista Gabriela Sarmento, que se formou em Belas Artes na Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro.
As roupas das bonecas de pano imitam os trajes tradicionalmente usados pelas baianas no carnaval carioca, que fazem referências aos trajes de festas usados por africanas escravizadas e incorporadas pelas cheias baianas quando recebiam pessoas em suas casas para eventos de música, capoeira e cultos religiosos.
Para criar as bonecas, Gabriela entrevistou e contou com a ajuda de algumas das homenageadas, como a tia Nilda da Mocidade e a tia Jane da Portela. Ela reforça a importância histórica dos trajes, principalmente para as mulheres negras.
As bonecas das matriarcas são produzidas manualmente por Gabriela, com auxílio de sua mãe e do namorado. A coleção é rica em detalhes e cada exemplar tem as cores das escolas de sambas mais tradicionais, como o verde-rosa da Mangueira ou azul e branco da Portela. Até mesmo acessórios, como colares e pulseiras, são incorporados às bonecas. A coleção pode ser adquirida nos perfis do Instagram: Gabi Sarmento Ateliê ou Quilombo da Samba, grupo de pesquisa que estuda o protagonismo negro no samba e no carnaval.
* Com supervisão de Tâmara Freire
