Reconhecido pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional como Patrimônio Cultural do Brasil em 2011 e inscrito na lista de Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade pela Unesco em 2019, o Bumba Meu Boi do Maranhão construiu parte do seu legado por causa dos mestres, amos e cantadores que estão à frente dos grupos. 
Um destes detentores do saber, continua em plena atividade aos 80 anos, contribuindo para a manutenção e proteção da manifestação: seu José de Jesus Figueiredo, o Mestre Zé Olhinho, como é conhecido, que ganhou o apelido por causa dos olhos pequenos.
Das oito décadas de vida, mais de seis delas são dedicadas aos grupos de Bumba Boi maranhense, em especial o Boi Unidos de Santa Fé, com sede em São Luís, do qual é fundador e presidente, e que completa 35 anos neste São João de 2023.
Mas antes do trabalho junto ao Santa Fé, Mestre Zé Olhinho, iniciou sua jornada nos arraiás do Maranhão, ainda nos anos 60, influenciado pelo amo, cantador e compositor de toadas, João Câncio, no Boi de Pindaré , também com sede na capital maranhense. Foi lá, que ele compôs as primeiras, das centenas de toadas do seu repertório.
Mestre Zé Olhinho, do alto dos seus 80 anos, ainda quer levar esse “sotaque” por muitos anos por amor a brincadeira.
Logo mais, às 22h, no Arraial da Praça Maria Aragão, no Centro Histórico de São Luís, haverá homenagem e um parabéns à você em ritmo de Bumba Boi para celebrar a vida do Mestre Zé Olhinho.
