Fliparacatu: Itamar Vieira Júnior apresenta Chupim, seu livro infantil
Itamar Vieira Júnior, autor de Torto Arado, conversa com estudantes sobre Chupim, seu primeiro livro para todas as infâncias. A conversa aconteceu segundo dia do Fliparacatu, Festival Literário Internacional de Paracatu, cidade mineira que fica a 500 quilômetros de Belo Horizonte.
Chupim conta a história do menino Julim com o pássaro, que é considerado uma praga no arrozal da família. Na conversa, Itamar disse que participou de todo o processo, desde a escolha do papel, o tamanho do livro, até as ilustrações, feitas pela artista plástica, Manuela Navas.
“O autor, a editora, a ilustradora, tiveram essa intenção de fazer um objeto-livro que pudesse ser apreciado, que tivesse conforto para as crianças pegarem. A disposição desse texto, as imagens, as cores escolhidas, o tipo de papel, tudo foi um trabalho muito pensado, muito compartilhado entre todos.”, afirma o autor.
O livro chegou às livrarias no dia 9 de agosto e Itamar comemora o encontro com os pequenos. Muitos já tinham se encontrado com o autor, levados pelos pais, leitores de Torto Arado e Salvar o Fogo, seus outros livros publicados. E agora recebem uma história sensível, escrita para eles.
Para eles e para todos os públicos. O autor acredita que a infância é um estado que nunca acaba. Por isso, prefere dizer que o livro é uma “literatura para as infâncias”. Além disso, ele espera que Julim e Chupim possam ensinar um pouco do respeito pela infância e pelos olhares da criança, no encontro com a natureza.
“A criança ainda não se tornou nesse grande predador que o homem muitas vezes se torna. Explorando o ambiente e levando muitas coisas ao colapso. Talvez essa história nos ajude a retornar pra esse momento, onde sentimos verdadeiro interesse pelas coisas, pela vida, pela natureza, pelo ambiente. Eu acho queé dessa maneira que eles podem ensinar. E seria muito bom se não perdessem isso”, finaliza o autor.
O Fliparacatu acontece até o domingo e reúne mais de 60 escritores, nacionais e internacionais. A livraria é o coração do evento e, desde o primeiro dia, não fica vazia. Para Afonso Borges, idealizador do Festival, o apreço pela livraria vem do fato do livro ser o centro de tudo.
“O livro tá presente, tem sua autonomia, tem sua história própria. Cada pessoa que entra num livro recria aquela história diante da sua própria experiência. Então o legado que fica são as experiências pessoais”, afirma.