Carnaval: Unidos da Ponte fala de meio ambiente e saberes ancestrais

Um tema necessário e urgente estará em cena no Carnaval de 2025 da Série Ouro! A partir da observação dos efeitos nefastos da ação dos seres humanos sobre a natureza, a Escola de Samba Unidos da Ponte vai narrar uma história que coloca o Planeta Terra em uma nova era geológica, resultado justamente do impacto humano no meio ambiente.

É a era do “antropoceno”, que basicamente significa “época dos humanos”, marcada pela destruição da biodiversidade com desmatamentos e queimadas de florestas.

Mesmo diante desse cenário trágico, e da crise ambiental global, a agremiação do município de São João de Meriti, na Baixada Fluminense, não perde a esperança. E, acredita na sabedoria dos povos indígenas como forma de salvar o mundo.

O enredo “Antropoceno” é uma obra conjunta dos carnavalescos Guilherme Diniz e Rodrigo Marques, que estão na azul e branco pelo quarto ano seguido.

Em meio à assustadora crise ambiental, a agremiação propõe como saída a valorização dos saberes ancestrais dos indígenas, entre eles, o povo Kuna, originário da Colômbia, que se refere ao continente americano como uma “terra viva”.

Para o carnavalesco Rodrigo Marques, todos têm muito a aprender com os povos originários.

"A gente busca trazer possibilidade de encontrar soluções desse saberes ancestrais dos povos indígenas... Então a partir desse princípio a gente pode guiar e trazer uma recuperação ambiental."

Ele ainda destaca a importância do enredo como uma forma de a Unidos da Ponte se reconectar com as origens indígenas de São João de Meriti, sua terra natal. Isso porque o nome do município tem origem tupi…

"O nome da cidade é uma palavra indígena. Meriti é um território indígena. Não só Meriti mas como todo território brasileiro, né. Então a gente resgata essas raízes de Meriti como terra de rios pelo nome por si só". 

A Unidos da Ponte se apresenta no primeiro dia de desfiles da Série Ouro, na sexta-feira, 28 de fevereiro. 

*Com supervisão de Vitoria Elizabeth.