Filhos e netos de perseguidos políticos criam grupo para registrar as consequências da ditadura militar. O lançamento do grupo por Memória, Verdade e Justiça foi na sexta-feira em auditório da Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Além da apresentação de cinco testemunhos, o evento teve exposição de cartas e intervenções artísticas.
A Comissão da Verdade vai incorporar os depoimentos no relatório final sobre todo o período da ditadura que deve ser entregue no final do ano que vem.
Para o presidente da Comissão da Verdade do Rio, Wadih Damous, as histórias mostram que os efeitos transgeracionais da violência de Estado.
Uma dos depoimentos é o de Márcia Curi Vaz Galvão. Filha de um brasileiro e uma uruguaia, ela cresceu mudando por diferentes países por conta da perseguição sofrida pelos seus pais.
O Grupo de Filhos e Netos por Memória Verdade e Justiça foi criado a partir das conexões realizadas no projeto clinicas do testemunho, iniciativa do Ministério da Justiça de oferecer apoio psicológico às vítimas da ditadura militar.