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Direitos Humanos

Amiga de Leila Diniz relembra alegria libertária da atriz

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Apresentação Mara Régia
25/03/2015 - 04:00
Brasília

Há 70 anos nascia em Niterói, no Rio, uma menina que, certamente, chegou ao mundo nas asas das gaivotas que habitavam o mar perto de sua casa. Conscientes do destino da menina, na certa batizaram essa menina de Liberdade,porque esse é o nome que melhor traduz Leila Diniz!

 

Taí a participação de Leila Diniz no álbum Sentinela de Milton Nascimento! A música se chama “Cafuné na cabeça, Malandro… eu quero até de macaco”. Essa frase, como é sabido, foi dita por Leila, e nessa música ela declama esse poema que, por pura ignorância, sempre achei que tivesse sido tirado dos grandes poetas portugueses como Fernando Pessoa.

 

Só mais recentemente, descobri que os versos são da própria Leila. A mulher que insiste em continuar nos surpreendendo tanto quanto nos anos 70 quando expôs sua barriga libertária dando luz a uma revolução que só veio a ser historicamente reconhecida , muitos anos depois, quando a filha Janaína, que nasceu em 71, já era quase uma mocinha. Leila Diniz, cantada em verso e prosa morreu aos 27 anos, num acidente aéreo em Nova Delhi, na India, em 1972.

 

Desde então, seu nome é saudade, principalmente, para pessoas como a jornalista e escritora Sonia Hirsch que tiveram o privilégio de privar da intimidade dessa “mulher solar” que emprestou seu brilho e lucidez a todas as mulheres do mundo, porque como diz Rita Lee na música: toda mulher é meio Leila Diniz.

 

Viva Maria: Programete que aborda assuntos ligados aos direitos das mulheres e outros aspectos da questão de gênero. É publicado de segunda a sexta-feira.

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