O governo brasileiro afirmou que a execução do paranaense Rodrigo Gularte na Indonésia nessa terça-feira (28) foi um fato grave, que abala a relação entre os dois países. Em nota, o Itamaraty afirmou que a notícia do fuzilamento de Gularte, que tinha 42 anos de idade, foi recebida com profunda consternação.
O governo prestou solidariedade à família do brasileiro e disse que vai aumentar os esforços junto aos organismos internacionais de direitos humanos para pôr fim à pena de morte no mundo.
O embaixador Sérgio Danese, secretário-geral das Relações Exteriores, disse que a presidenta Dilma Rousseff pediu clemência ao presidente indonésio por causa do quadro psiquiátrico do brasileiro.
O corpo de Gularte será enterrado no Brasil. Preso em 2004 ao tentar entrar na Indonésia com seis quilos de cocaína escondidos em pranchas de surfe, ele foi condenado à morte em 2005.
A execução ocorreu por volta das 14h30 dessa terça-feira (28) pelo horário de Brasília em uma prisão a 400 quilômetros de Jacarta, capital da Indonésia. Além de Gularte, foram executados dois cidadãos da Austrália, três da Nigéria, um de Gana e um indonésio. Em janeiro, o brasileiro Marco Acher, condenado por tráfico de drogas, também foi fuzilado no país asiático.