Num dia que seria de comemorações, lideranças indígenas relataram constrangimentos na entrada do Congresso Nacional. Durante audiência pública da Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados, as primeiras falas foram de repúdio à forma como os convidados foram tratados pela Polícia Legislativa.
A indígena Hozana Poruborá, de Rondônia, se sentiu humilhada.
Sonora: "Isso pra mim é uma humilhação. Porque se seu chego nessa casa que tá escrito que é a casa do povo, eu acredito que a gente deve ter o acesso livre pra entrar. Porque nós viemos aqui reivindicar nossos direitos. Nós não viemos fazer baderna, nós não viemos quebrar nada. Pra mim isso é uma humilhação muito grande. É cachorro...é policial...."
Participando da mesa na audiência pública, a sub-procuradora da República, Débora Duprat, também repudiou a atitude das casas legislativas.
A deputada Janete Capiberibe do PSB do Amapá informou que vai relatar os acontecimentos à presidência da Câmara.
* O Departamento de Polícia Legislativa da Câmara dos Deputados (Depol) divulgou nota no dia 17/04/15 em que afirma ter adotado "o procedimento padrão dispensado a quaisquer grupos de manifestantes, seguindo as determinações do Ato da Mesa 106/13, que estabelece limites máximos de ocupação de espaços na Câmara". De acordo com o departamento, não houve registro de ocorrências atípicas ou anormalidades.