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Direitos Humanos

Margaridas pedem agilidade na reforma agrária e criticam Cunha

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Danyele Soares
12/08/2015 - 16:08
Brasília

Trabalhadoras rurais de todo o país participaram da 5ª Marcha das Margaridas em Brasília. De acordo com a Polícia Militar, 40 mil pessoas participaram do ato.

 

Mas, segundo os organizadores, eram 70 mil manifestantes. Elas saíram em caminhada pelo centro da capital federal para protestar contra a violência, o uso de agrotóxicos e pedir agilidade na reforma agrária, igualdade de direitos, defesa da soberania alimentar e a instalação de creches na zona rural, entre outras reivindicações.

 

Muitas trabalhadoras viajaram longas horas para participar da manifestação. É o caso da indígena Andreza Miquili Sateré, que vive em uma aldeia próxima a Parintins, no Amazonas. Foram 18 horas de barco, mais quatro em um avião até Brasília. E ela conta porque veio participar da marcha.

 

A agricultora Vera Lúcia de Vasconcelos veio de Alagoas. O ônibus da caravana demorou 36 horas para chegar. Mesmo após uma viagem cansativa, ela destaca:

 

Com gritos de ordem, elas também criticaram o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha.

 

De acordo com a secretária de Mulheres Trabalhadoras Rurais da Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura, que organiza o evento, Alessandra Lunas, a marcha vai além dos direitos das mulheres do campo.

 

A Marcha das Margaridas acontece no dia 12 de agosto porque nessa data, há 32 anos, foi assassinada Margarida Alves, presidente do Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras de Alagoa Grande, na Paraíba.

 

Ela foi morta com um tiro no rosto. O crime foi encomendado por um latifundiário que se viu ameaçado com a luta da militante.

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