O presidente da Sociedade Beneficente Muçulmana, Nasser Fares, fez um apelo, nesta sexta-feira, para que os refugiados sírios consigam ajuda no Brasil.
Fares fez o pedido de solidariedade a cerca de 500 pessoas, entre elas refugiados de várias nacionalidades, que participavam do dia especial de orações para os muçulmanos na Mesquita Brasil, localizada na região central da capital paulista.
Entre os sírios estava Bahaa Edin Alhindi, de 42 anos. Ele chegou à cidade em agosto do ano passado e, há oito meses, vieram a mulher e as quatro filhas. A família mora na zona leste da cidade.
Ele conta que, na Síria, ele tinha uma pequena fábrica de lustres; e, em São Paulo, é funcionário de uma empresa que confecciona artigos de cama, mesa e banho.
Bahaa Edin Alhindi conta que decidiu viver no Brasil por ter sido o país que abriu as portas para ele e sua família. Como explica o tradutor Saad Abou Nimri.
Segundo dados do Conare, Comitê Nacional para os Refugiados, até agosto deste ano o Brasil registrou 8.400 refugiados reconhecidos de diferentes nacionalidades.
Os sírios representam o maior contingente, com 2.077. Em seguida, vêm os angolanos (1.480 pessoas) e colombianos (1.093 pessoas).