Viva Maria: Jornalista da EBC critica ausência da diversidade racial brasileira na TV
Em sintonia com os ecos do Festival Latinidades, que desde a segunda-feira (25) acontece em Brasília, Viva Maria hoje, começa ouvindo o canto da atriz Zezé Mota, que a duras penas conquistou sua tão sonhada liberdade.
Zezé Mota custou mas conseguiu libertar-se do padrão branco de beleza. Na adolescência, sofreu uma tentativa de embranquecimento que fez com que ela quisesse operar o nariz e diminuir o tamanho do bumbum.
Mas felizmente, hoje, com a consciência de seus 71 anos e os 40 anos de sua personagem mais famosa, Xica da Silva, Zezé Mota, pelo conjunto da obra, é uma inspiração para as negras que querem trilhar o seu caminho pelos palcos da vida. Na música, no teatro, na TV, Zezé não se detém em usar seu talento, força e expressão para cobrar democracia nos meios de comunicação.
Faltou Zezé, no debate que ontem à noite discutiu esse tema que é o eixo forte da 9a edição do Latinidades. Mas, por outro lado, não faltou fôlego às participantes da mesa que discutiu a democratização da comunicação e seu papel no enfrentamento do racismo, que infelizmente, recrudesce em todos os meios.
Coube às jornalistas da Empresa Brasil de Comunicação (EBC), Juliana Cézar Nunes e Luciana Barreto, que dividiram a mesa com o Mestre TC, fundador da Casa de Cultura Tainá e da Rede Mocambos, animar a participação do público, que marcou presença no auditório do Museu Nacional, na Esplanada dos Ministérios.
Na oportunidade, Viva Maria conversou com a âncora do telejornal Repórter Brasil da TV Brasil, Luciana Barreto.
Viva Maria: Programete que aborda assuntos ligados aos direitos das mulheres e outros aspectos da questão de gênero. É publicado de segunda a sexta-feira. Acesse aqui as edições anteriores.