Lideranças indígenas, quilombolas e de pescadores artesanais fizeram um protesto nessa quinta-feira (11), em frente a Embaixada da Alemanha. O grupo é contra a compra indiscriminada de produtos brasileiros por outros países, como a soja e o açúcar. A Alemanha está entre os maiores importadores dessas commodities.
Eles querem que o país europeu reveja os contratos e adote critérios mais rígidos para importação. Fátima Barros, estava no grupo que foi recebido pelos representantes alemães.
Fátima Barros considera importante avaliar o impacto socioambiental da produção dos produtos agrícolas exportados pelo Brasil e afirma que setores do agronegócio perseguem comunidades tradicionais, ferem os direitos humanos e destroem o meio ambiente.
Para o ministro da Embaixada Alemã, Christoph Bundscherer, é importante que países consumidores de produtos agrícolas se preocupem também com a proveniência dos mesmos.
Desde de início da semana, povos de comunidades tradicionais participam de mobilizações. Ontem, eles foram recebidos pelo presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ).
Durante o encontro o deputado se comprometeu a não colocar na pauta, até o fim do seu mandato, a PEC 215. O seu mandato termina em fevereiro de 2017. A proposta transfere da União para o Congresso Nacional, a competência pela demarcação de terras.
A prorrogação da CPI da Funai e do Incra também foi pauta da reunião. Segundo Rodrigo Maia, a decisão da continuidade ou não da comissão vai depender do quórum em plenário, seguindo o que determina o regimento.