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Direitos Humanos

Governo de Roraima foi avisado sobre possibilidade de rebelião em presídio

Crise Penitenciária
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Graziele Bezerra
06/01/2017 - 12:42
Brasília

Trinta e três detentos morreram nesta madrugada (6) na Penitenciária Agrícola de Monte Cristo, na zona rural Boa Vista, em Roraima. 


Segundo a assessoria de imprensa da Secretaria de Justiça e Cidadania do Estado, ainda não se sabe o que motivou essas mortes. 


As informações preliminares é que não houve queima de colchões, mas foram quebrados cadeados para abrir as celas. 


Essas mortes ocorrem cinco dias depois de uma grande rebelião resultar na morte de 56 detentos em uma penitenciária de Manaus, no Amazonas.


O governo amazonense chegou a alertar o governo de Roraima sobre possíveis rebeliões no estado, mas de acordo com a assessoria da Secretaria de Justiça, a inteligência da polícia não chegou a identificar nenhuma ocorrência ou risco.


A pasta informou ainda que na Penitenciária Monte Cristo as facções rivais ficam em pavilhões diferentes, o que minimiza a possibilidade de confrontos. 


No momento, a assessoria diz que a situação está sob controle e que o Batalhão de Operações Especiais da Polícia Militar realiza uma inspeção no presídio. O secretário de Justiça e Cidadania, Uziel de Castro Júnior, também está na unidade. 


O Instituto Médico Legal (IML) já iniciou o trabalho de recolhimento dos corpos. 


Do lado de fora do presídio a movimentação é intensa. Foi montada uma barreira de cerca de 1,5 quilômetro para evitar a aproximação de familiares que se aglomeram nas imediações do presídio. 


A Penitenciária Agrícola Monte Cristo fica na BR 174, rodovia que liga o Brasil à fronteira com a Venezuela. A unidade tem capacidade para 770 internos, mas atualmente a população carcerária é de 1.475 detentos.

 

* Matéria atualizada às 17h30 para retirada de informação sobre ida do ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, para Roraima. A viagem foi cancelada.

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